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Morgan Stanley rebaixa CSN Mineração para venda e alerta para riscos de expansão

A CSN Mineração (CMIN3) enfrenta um novo desafio no mercado financeiro. O banco Morgan Stanley revisou sua recomendação para as ações da companhia, rebaixando a classificação de neutra para venda. O preço-alvo também foi reduzido de R$ 6,20 para R$ 5,30, refletindo preocupações com a execução do plano de expansão da mineradora. Como resultado, os papéis da empresa caíram 3,8%, sendo negociados a R$ 5,31 nesta terça-feira (27).

O ponto de maior atenção está no projeto Itabirito P15, que deveria iniciar operações em 2023, mas teve sua estreia adiada para o quarto trimestre de 2027. A iniciativa visa adicionar 16,5 milhões de toneladas anuais de minério de ferro com teor de 67%. O Morgan Stanley destaca um “risco crescente” de que o projeto não seja concluído dentro do cronograma e orçamento estipulados, o que pode comprometer os resultados futuros da companhia.

Outro ponto sensível envolve os contratos de pré-pagamento firmados pela CSN Mineração. Atualmente, sete acordos estão ativos, totalizando cerca de 55,1 milhões de toneladas a serem entregues até o final de 2029. Esses contratos geraram um adiantamento de US$ 2,4 bilhões, que, embora tragam liquidez imediata, afetam negativamente o fluxo de caixa ao longo do tempo.

As novas projeções do Morgan Stanley indicam um rendimento médio negativo de fluxo de caixa livre de 9% entre 2025 e 2027. As estimativas de EBITDA também foram revistas para baixo, com queda projetada de 9% para 2025 (R$ 6,41 bilhões) e 15,5% para 2026 (R$ 7,00 bilhões).

No cenário global, a expectativa é de pressão sobre os preços do minério de ferro. A equipe de commodities do banco projeta média de US$ 100 por tonelada em 2025 e US$ 95 em 2026, influenciada por um superávit de oferta e queda na demanda, especialmente vinda da China. Estima-se um excesso de 62 milhões de toneladas no mercado transoceânico em 2025, ampliando-se até 2029.

Com fundamentos operacionais pressionados e valorização acima da média histórica, a CSN Mineração entra no radar de alerta para investidores e analistas.

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