A Brazil Potash, controladora da Potássio do Brasil — empresa com atuação estratégica no Amazonas — iniciou nesta segunda-feira (26/05) a negociação de seus BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3, a bolsa de valores brasileira. A movimentação marca um passo importante na aproximação do mercado brasileiro com os ativos internacionais do setor mineral.
Com sede corporativa em Toronto (Canadá) e listagem na bolsa de Nova York, a Brazil Potash opera no Brasil por meio da subsidiária Potássio do Brasil, que mantém sua matriz em Manaus e conduz atividades operacionais no município de Autazes (AM), onde está localizado um dos maiores projetos de exploração de potássio do país — elemento-chave na produção de fertilizantes.
O BDR é uma forma de representação de ações emitidas por empresas estrangeiras, permitindo que investidores brasileiros tenham acesso a esses papéis sem a necessidade de abrir conta em corretoras internacionais. No caso da Brazil Potash, trata-se de um BDR patrocinado, o que significa que a própria companhia contratou uma instituição depositária no Brasil para viabilizar a emissão.
Segundo a diretora de Emissores da B3, Flávia Mouta, a iniciativa amplia a participação do investidor nacional no mercado global de commodities:
“Os BDRs permitem às empresas estrangeiras captar novos recursos e aumentar sua base de investidores no Brasil, enquanto proporcionam aos brasileiros uma alternativa simples para diversificar seus investimentos”, afirma.
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, reforça o impacto positivo do projeto no desenvolvimento regional:
“O agronegócio brasileiro depende fortemente de fertilizantes, e esse potássio está presente no solo de Autazes. Vamos extrair com responsabilidade ambiental, gerando empregos e benefícios socioeconômicos à região”, destaca.
Com mais de R$ 50 bilhões movimentados apenas em 2025, os BDRs vêm se consolidando como uma opção atrativa para brasileiros que desejam investir em grandes players do cenário internacional, inclusive no setor de mineração estratégica.