Minas Gerais abriga atualmente cerca de 400 minas abandonadas ou desativadas — muitas delas com barragens em estado crítico e sem qualquer manutenção. Segundo especialistas, o cenário representa uma ameaça ambiental e social iminente.
O risco de novas tragédias semelhantes ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 2019, volta à tona com força. Desta vez, a preocupação gira em torno de minas abandonadas por empresas pequenas, falidas ou inoperantes, que não têm condições de arcar com os custos de recuperação ou indenizações.
De acordo com levantamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), realizado em 2016, há 400 minas abandonadas em Minas Gerais. Dentre os casos mais críticos estão as minas da Mundo Mineração, Minar Mineração Aredes e Topázio Imperial Mineração.
💣 Risco real e sem manutenção
A barragem da Mina Engenho, operada pela extinta Mundo Mineração no município de Rio Acima, é considerada a mais perigosa do estado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A estrutura, sem manutenção há mais de seis anos, contém resíduos altamente tóxicos utilizados na extração de ouro, como arsênico e mercúrio.